sábado, 29 de setembro de 2012

Amada de Charles

 " Me apresento com esse texto que me perseguiu a semana inteira,e que fiz pensando em uma conversa que tive com a Jammie,sobre um assassino e uma carta" :)                                        
                                                 


Nas penumbras da mente,surge o desconhecido Charles,com suas palavras indigestas,seus suspiros temerosos,seus dedos gélidos tocando as pálpebras,na tentativa de enrolar sua língua em seus prantos súplicos de vergonha.
Charles sempre foi uma mosca perto de qualquer um.O que eles nunca perceberam,era que,ele com seu silêncio arrebatador,era a voz da razão.Mesmo com aqueles gestos e olhares,que mais lembravam a Dona Morte.Sim!Ele mesma,a dita cuja.Que melhor amiga pra se ter com a vida que ele levava.Por incrivel que pareça,ele a chamava de Amada,Amada Morte,sua melhor e eterna companheira.
Nunca tocado por uma mulher,nem por sua mãe.Ele era órfão,e seu passado?
Nem mesmo ele sabe.Fez questão de apagar da memória.Até o maior dos especialistas em mentes,não conseguiria explicar ou até mesmo nomear a doença de Charles (se ser uma pessoa como ele,for uma doença,obviamente!)
Ele viveu sempre assim,com a Amada ao seu lado e o mundo em suas costas.Sempre com o semblante vívido no escuro e risos neutros nos seus ouvidos.Com os pés machucados da jornada árdua na estrada da floresta,aquela que nos sonhos de todos está a aterrorizar.Pra ele esta é outra amiga.
Assim foi a vida e morte de Charles.No obscuro de sua mente,ele era o mais feliz dos homens.Mesmo nunca sorrindo,mesmo andando na estrada dos sonhos.O único,e singelo sorriso que lhe caiu dos lábios foi na hora do chamado de sua Amada,que o levou a sua paz.

                       -Jane 

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