quinta-feira, 20 de junho de 2013

De: S


              Hora da Verdade 
Se numa segundona de sol eu tiro um tempo para escrever sobre nossos momentos bons, nesta sexta nublada eu uso meu maior dom para aparar as arestas que meu maior defeito criou. 
Ontem, a noite, entre soluços, o latejar da minha e o meu despertador decidi escrever esta carta (sem certeza que seria entregue, prefiro escrever tudo, rasgar e jogar fora) não sei quanto tempo usarei para esta mensagem, nem quanto papel e caneta, mas se você divergir das minhas opniões tudo bem! Se não quiser guardar esta carta: Tudo bem! ( eu até prefiro!) E se precisar de muito tempo para se encontrar e digerir o que lerá aqui, me dando talvez um gelo "daqueles": Tudo bem! Eu entenderei e aceitarei isto! Você sabe que sobrevivo.  

          Explicações?!
Quando estamos no "bem bom" (sem trocadilho, ta?) eu me sinto firme e segura, mas na "hora do vamos-ver" (ainda sem trocadilho) eu me sinto fora do ritmo, da historia, perco o foco e o chão. E me sinto uma idiota de saber que todos sabem o motivo das minhas lagrimas infantis e inúteis. Me sinto mal por não ser verdadeira em muitas coisas que eu falo pra você: como por exemplo as desculpas que te pedi noite passada. Meu orgulho ( talvez maior que a razão, os sentimentos e amizade em mim) não me deixou ser sincera, e a pouca humildade que tenho me torturou durante todo o tempo ao seu lado. De noite ( ainda mais tarde) na cama, pensei tantas coisas que se tivesse registrado tudo implicaria em um livro de auto-ajuda de como não fazer as coisas não sei o titulo, mas : "Eu sou uma idiota" "Chega pra mim" ou " Quero desaparecer" subiriam no pódium como possíveis títulos. 

    O que aconteceu?!
Nunca pensei que duas palavrinhas mal (ou péssima) colocadas pudessem fazer tanto estrago. Assim como nunca pensei que me machucaria tanto com você ( e comigo mesma, é claro!) me sinto tão deslocada e fiquei com tanta raiva que chorei sem perceber e escrevi coisas horríveis sobre o mundo. Como já disse minhas desculpas não foram sinceras, e agora não vou tentar remediar o meu grande erro. Se você aceitou mesmo minhas desculpas (ótimo) desaceite. Agora se você não aceitou ( o que eu acho bem provável) então ta tudo bem, eu acho que tudo isso não vai nos separar definitivamente, e mesmo que for, eu prefiro não dizer que erramos e sim que percebemos um grande problema que não conseguimos resolver. 
Eu não acredito veemente que tudo isso vai passar e que vou rir de tudo isso mais tarde. Vou me arrepender   
de perder minha noite de sono e de não ter prestado a devida atenção a certas coisas importantes no dia de hoje (24 set) 

Ps: Se você me perguntar o "porque" de tudo isso eu vou dizer: "Por você". E se me perguntar porque escrevi tanto eu direi: "Cê acha que eu ia lembrar de tudo isso?!"
  
                                                                                         Ass: S

                                                --Jane






12 de maio

 Você não sabe e talvez nunca saiba que por vezes tentei te alertar. Por vezes tentei ser sincera e você só fez recuar.

                                                      --Jane

terça-feira, 11 de junho de 2013

A menina que não sabia chorar

 Um gesto simples de carinho, mas sempre arredia. Não precisava de falsas emoções, nem de outro consolo. Uma fortaleza de guerra era ela. Lanças e espadas ao seu redor. Não a toque ou haverá consequências. Nada de carinho, já disse!
 A menina que não sabia chorar, não sabia também amar. O seu nascimento foi vazio, sem choro. Caía, e nada de choro. Seus pais não a entendiam, deixavam ela quieta, simplesmente só. E isso só a ajudava a aprofundar seu dom. Dezesseis luas grandes se passaram e nunca uma única lágrima. Somente aquelas que caiam do céu e a deixavam  paralisada com tamanha magia. Ela não entendia. A dor que sente não é física, nem mental, ela sequer sabe que sofre. Sente saudades da dor que em vão procura.


Ps: Eu gosto de escrever um drama, hein?! kkk

                                                                  --Jane